quinta-feira, 27 de março de 2008

À ínfima distância de um... Natal!

Sobre troca de prendas e jantares de Natal tomo a liberdade de partilhar num ambiente mais... vasto(!) parte de uma troca de opiniões:


(...) Na realidade há já alguns anos que se tornou tradição no grupo de amigos que normalmente está presente nas minhas festas da "herdade". Curiosamente parece ser, cada vez mais, o único momento de união que realmente resulta entre nós. E é um facto que apesar do distanciamento que infelizmente (fruto de diversas circunstâncias) vai caracterizando cada vez mais as nossas amizades, o momento da troca das prendas continua a resultar em pleno, sem hipocrisias e com profunda dedicação de todos nós. Acho mesmo que esse é o cerne da questão. A dedicação, empenho e satisfação que cada um de nós dedica ao acto do sorteio, da escolha (e adequabilidade) da prenda e da entrega. Sem que o materialismo se sobreponha à dádiva. Certamente todos gostaríamos de dar a cada um dos que realmente têm um significado especial nas nossas vidas algo que marcasse simbolicamente o facto de nelas estarem presentes. Como financeiramente não é suportável, a alternativa das trocas serve em simultâneo de forte pretexto para estarmos juntos, fisica e espiritualmente. Rir e chorar, se assim se proporcionar (...)

(...) Posso também adiantar que fruto das relações amorosas que entretanto nasceram, foram-se juntando novas pessoas ao longo do tempo, o que em nada desproveu o momento do espírito inicial. Muito até pelo contrário, deu novo ânimo. De igual modo situações existiram em que pessoas também próximas "por afinidade", por motivos vários optaram não participar.
Acho que não podemos é deixar nunca que a divergência de opiniões, fruto muitas vezes de mal-entendidos, coloque em causa o que temos de mais precioso: as pessoas com quem partilhamos as nossas vidas e que, em última instância, lhes dão sentido. Acima de tudo temos de procurar a convergência, e na maior parte das vezes isso consegue-se tão simplesmente falando (...)


Curiosamente ou não, mantenho exactamente a mesma visão dos factos, decorridos que estão três anos sobre as linhas que agora partilho, e muitos, muitos mais sobre a amizade que nos une. Os momentos partilhados escasseiam mas continuam a valer por si. Porque acredito convictamente no valor da Amizade e ainda mais no Valor das Pessoas com quem tenho o enorme prazer de privar. Mas também porque nem sempre distância significa afastamento. E acima de tudo porque afinal o Natal é mesmo sempre que queremos. Basta crer...

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