segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Tributo à Fermentação da Cevada

Definitivamente a Vida é feito de pequenos (Grandes) momentos. Como aqueles que tive oportunidade de vivenciar ao longo dos dois últimos dias. Excederam-se as expectativas. Um pretexto pouco elaborado e credível a fundamentar a viagem, um Grupo de "bons rapazes", uma grelha na qual as brasas se guardavam religiosamente incandescentes no intuito de satisfazer permanentemente o apetite voraz das almas esfomeadas, muita (para cima de muita) "mine", destiladas q.b., numa combinação digna de atenuar consideravelmente o irresístivel pecado da Gula (cá está o terceiro, em tão pouco temp0...). Valha-nos o vigor dos fígados alcoolicamente conservados e das mentes que por muito ébrias que estejam sabem sempre qual o caminho de regresso, ainda que regressem muitas vezes sem saber ao certo para onde.

Na verdade, as sensações não se explicam. Vivem-se. E aquelas que experienciei ao longo de uma jornada com muito pouco descanso valeram definitivamente por uma pequena (Grande) Vida. É em momentos assim que sinto que o descanso pode sempre esperar mais um pouco...

Que me perdoem os fundamentalistas que suportam uma vida saudável em hábitos regrados de consumo. Os exageros são a excepção que confirmam a regra. Alguém disse um dia: "Realidade é uma ilusão que ocorre devido à falta de álcool". Se assim é então que se exagere (ocasional e responsavelmente) do álcool que corre nas nossas veias!

No âmbito do que foi escrito há que fazer um tributo ao que de tão fantástico a Humanidade soube criar, que do Ouro que a terra ciclicamente nos dá (fazendo brotar do chão o pão que nos alimenta) soube - por uso da criatividade, do engenho e da necessidade -criar tamanha preciosidade - a cerveja*. Que os exageros continuem por muitos e bons anos, ao ritmo dos brindes que alimentam, também esses num exagero que se deseja eterno. Por comemoração da Amizade. Por comemoração da união despretenciosa. Por comemoração dos disparates non sense que nos fazem rir. Por comemoração das emoções que nos deixam de lágrimas nos olhos (porque um Homem também chora). Por comemoração das confissões sinceras que de outro modo talvez não acontecessem. Por comemoração da doce e saudável loucura que invade a nossa mente. Da diferença de opiniões (e da semelhança em ser diferente). Da tertúlia. Da virilidade. Por comemoração do Calor que percorre as nossas Artérias.

A Vida vale pelo que dela fazemos. E se tudo isto é ser bêbado, então que nos embebedemos com (e de) Prazer de viver...



*Muito anseio em escrever quanto ao prazer de apreciar a destilação da cevada e adição do malte. Pelo destaque que merece ficará para outras núpcias...

1 comentário:

RUI disse...

O único comentário que quero fazer é uma pergunta...para quando a repetição?
Um fim de semana sem preocupações de horários, em que possamos fazer só aquilo que apetece no momento....um grupo de amigos a conversar, a dar toques na bola....um sonho que é cada dia mais raro.....
TEMOS QUE REPETIR!